quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Cientistas descobrem espécie de peixe em que macho 'pesca' fêmea


Peixes da espécie 'Corynopoma riisei' (Foto: Current Biology/Reprodução)Peixes da espécie 'Corynopoma riisei'
(Foto: Current Biology/Reprodução)


Ornamento parecido com uma formiga é usado para atrair a parceira.
Fenômeno foi registrado em espécie de peixe tropical.
Do Globo Natureza, em São Paulo
15/07/2012 08h00 - Atualizado em 15/07/2012 08h00

A técnica de usar um alimento como isca para atrair o peixe não é exclusiva dos pescadores humanos. Pesquisadores suecos descobriram uma espécie de peixe em que o macho usa uma isca como ornamento para atrair a fêmea para perto de si.

O Corynopoma riisei é um peixe tropical, parente da piranha, que vive na água doce perto do Caribe, em países como Venezuela e Trinidad e Tobago. Dependendo da região em que ele vive, a alimentação muda um pouco, mas é sempre baseada em insetos – de larvas de moscas a besouros.

A equipe de Niclas Kolm, da Universidade de Uppsala, descobriu que os machos dessa espécie usam um ornamento parecido com uma formiga para atrair as fêmeas. Nos locais em que as formigas são mais apreciadas como um alimento, a técnica é mais usada e funciona melhor.

“É um exemplo natural de uma isca projetada para maximizar a chance de pegar um peixe”, afirmou Kolm. “Nesse caso, não se trata de qualquer peixe, no entanto. É um peixe do sexo oposto que a isca é feita para pegar”, explicou.

Para os pesquisadores, o estudo mostra ainda um bom exemplo de como os animais conseguem formas avançadas de comunicação entre si. Esse processo, segundo os autores, leva os animais a se diferenciarem, o que pode causar a separação suficiente para a criação de novas espécies.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Paraná protege dourado, piracanjuba e jaú por três anos


Amigos, esta reportagem foi publicada pela revista Pesca & Cia mas merece todo destaque possivel, pois é um sinal de evolução da pesca esportiva no Brasil, de vagar vamos caminhando para um futuro melhor.

EXTRA OFICIAL: Pescador do staff, Alexandre Dick, apura que Portaria foi assinada esta semana e determina a cota zero de três espécies

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Por: Redação Pesca & CompanhiaFoto/Ilustração: Arquivo Pesca & CompanhiaPublicado em: 10/2012
Foi assinada nessa terça-feira, 23, uma Portaria que proíbe o abate das espécies dourado, piracanjuba e jaú em todo o estado do Paraná. As três espécies vinham sumindo dos anzóis dos pescadores e até das redes dos profissionais nos últimos anos. 

A medida protecionista é válida para os próximos três anos e deve ser divulgada de modo oficial nesta quinta-feira, 25.  

O staff e representante do estado sulista daPesca & Companhia, Alexandre Dick, apurou junto ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que nesta quarta-feira, 24, a Portaria nº 211 de 23 de outubro de 2012 foi publicada no Diário Oficial.

“É uma excelente notícia”, define Dick, que é fã da pescaria aos dourados na região. 

Na foto, o jovem pescador de Medianeira exibe um dourado fisgado em Guaíra, cidade do interior paranaense banhada pelo Rio Paraná. 

O Paraná é um estado com rico potencial para a pesca. Ao norte comparte um trecho considerável do Rio Paranapanema com São Paulo. Em sua porção oeste tem do Rio Paraná trechos muito piscosos e cheios de corredeiras, as quais favorecem a pesca do dourado e de outras espécies. Sem cortar o Rio Iguaçu e a pesca de praia e de robalo praticada em mangues no litoral.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Os segredos por trás da Volta Grande do Xingu


Parte 1 – Usina de Belo Monte


Demorei um pouco pra escrever algo sobre minha experiência como gerente na Pousada Rio Xingu, pois queria acumular um know-how que pudesse me basear para escrever este artigo.

Vou começar descrevendo a delicada situação em que se encontra este trecho maravilhoso do Rio Xingu,  localizado entre os municípios de Altamira, Anapu e Vitória do Xingu, o trecho é conhecido como volta grande do Xingu, onde estão instalando a discutida barragem de Belo Monte. Aproveito pra deixar minha simples opinião sobre hidrelétricas em geral e sobre esta em especifico.
No geral, hidrelétricas “não correm” o perigo de um desastre ambiental assim como uma usina nuclear, elas simplesmente por existirem já o fazem no instante de sua concepção, alagando florestas matando animais e principalmente colocando um obstáculo intransponível a toda vida aquática a montante e jusante da mesma.

Porem, inteligentemente e por obra do relevo local a barragem de Belo Monte não poderá alagar várzeas e afluentes ao Xingu por um simples e providencial motivo, a cidade de Altamira assim como tantas outras cidades fica as margens do rio e este tem seu limite de cheia no cais do porto da cidade, ou seja, se a barragem elevar volume de água do reservatório acima do limite de cheia anual do rio, simplesmente alagará uma cidade de mais de 100 mil habitantes por inteiro.

A solução encontrada foi criar um canal de derivação no qual levará a água a um outro local no qual será criado um lago artificial, e que este sim será o propulsor da casa de força principal da usina, ele irá alagar sim centenas de milhares de m² de terras, mas estas que já foram devastadas pelo homem outrora. A grande vantagem de tudo isso é que não será alterado as características do rio pois o mesmo continuará correndo como um rio e não como um represamento, e o outro é a criação de um novo ponto de pesca no qual os tão famosos tucunarés do Xingu poderão se desenvolver e abundancia, podendo até aliviar a pressão de pesca sobre o rio, já o prejuízo da barragem intransponível não será solucionado, nem mesmo com elevadores e escadas, mas dos males o menor.

No entanto, com o desvio de parte da água do rio que será de no mínimo operacional de 90 m³/s para a casa de força principal (norte) onde gerará em carga máxima 500 KV com todas suas turbinas, e na seca do rio será utilizada uma única turbina, o rio que nesta época tem um volume normal de 200 m³/s perderá 45% de sua água no que se refere a volta grande.
Um pequeno represamento, mas a parte jusante da barragem que fará o desvio, será drasticamente afetada no seu volume de água em todo o ano e mais rapidamente na estiagem quando a água chega a descer mais 20 cm por dia!!! Essa grande alteração no volume da água afeta tão fortemente o peixe e no nosso caso a pesca, que o peixe fica sem ação por muito tempo até que se estabilize novamente ou diminua a velocidade de baixa da água.

Portanto dos projetos de barragens existentes no Brasil, na minha leiga e humilde opinião este é um dos com menor impacto ambiental em áreas virgens ou pouco afetadas anteriormente pelo homem, mas ainda não deixa de mudar as características do rio, e principalmente a fauna e flora marginais e ela.

Peço aos companheiros especialistas na área ou curiosos como eu, que emitam sua opinião para que eu possa corrigir algum erro ou mesmo mudar a minha opinião.

Em seguida terei mais novidades para vocês.

Grande abraço!