terça-feira, 23 de junho de 2009

PESCA ESPORTIVA NO RIO KULUENE - MT: “POUSADA MATRINXÔ

Essa pousada está situada na margem do rio Kuluene, formador do rio Xingu (bacia Amazônica), o qual tem como afluentes na região os ribeirões Couto de Magalhães e Matrinxã, e entrada para algumas lagoas. Localização: está a 100 km da cidade de Canarana, bem no centro do estado de Mato Grosso, e a 1.600 km de Belo Horizonte. A viagem, em ônibus especial até Canarana, dura perto de 24 horas. O rio é muito apropriado à pesca esportiva, com pontos de pesca bastante variados: praias, água rápida, galhadas na água, remansos, poços, barras de rios menores.

PEIXES ESPORTIVOS: Lá existem quase todos os peixes esportivos da região Amazônica. Podemos citar: Matrinxã, Cachara, Jaú, Pirarara, Corvina, Cachorra, Bicuda, Pacu, Piranha Chupita, Barbado, e Piraíba (Filhote). A pesca é feita com iscas naturais (tuvira, isca branca, minhocuçu), e os pesqueiros da região oferecem também ótimas oportunidades para uso de iscas artificiais.

A VIAGEM: É feita em confortável ônibus classe Leito Turismo, Double Deck, com Ar Condicionado, Frigobar, TV/DVD, mesa de jogos, serviço de bordo com cerveja, refrigerantes, água mineral, salgados. O ônibus conta com dois motoristas, e a viagem será acompanhada por Guia de Pesca experiente e conhecedor da região.

A saída será no dia 17-07-10 (sábado), chegando a Canarana no dia 18 (domingo), a pescaria decorrerá nos dias seqüentes de 19 a 23 (segunda a sexta), com retorno no sábado dia 24 a Canarana e chegada em BH no dia 25-07-10 (domingo).

A POUSADA: De construção recente, com capacidade para até 30 hóspedes, tem: Apartamentos triplos com Ar Condicionado, Frigobar, e banheiro privativo – Freezer externo para peixes - Restaurante, salão com TV, Quiosque com churrasqueira, piscina, mesas de jogos, sauna. Os barcos são de 5 metros, com motores de 18 hp, têm cadeiras de encosto giratórias, caixa térmica, coletes salva-vidas.

PREÇO: O pacote de pesca completo inclui: a viagem de ônibus, o traslado entre Canarana e a Pousada; pensão completa na Pousada; cinco dias de pesca e seis pernoites; barco, motor e serviço de piloteiro (dois pescadores por barco); gasolina sem limite de consumo; 60 unidades de tuviras por pescador. Não inclui: bebidas, refeições na viagem, licença de pesca, material de pesca e minhocuçu.

Preço do pacote: R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais)

Observações: 1) O pagamento poderá ser parcelado até a data da viagem, com 30% de entrada. 2) Maiores de 65 anos e aposentados são isentos de licença de pesca, mas deveram portar documento de identidade durante o período inclusive no barco. 3) A cota de peixes permitida atualmente no Mato Grosso é de 10 Kg mais um exemplar.

Estamos às ordens para mais informações e detalhes.

Arthur Vaz - (31) 9944-1346

GUIAS-de-PESCA - PESCA ESPORTIVA

domingo, 21 de junho de 2009

RIO SAMBURÁ: O RETORNO E A QUEDA DE UM MITO

Há tempos temos notícias de dourados gigantes apanhados no rio Samburá, afluente do São Francisco que fica a aproximadamente 280 km de Belo Horizonte, entre os municípios de São Roque de Minas e Bambuí. Estive por lá o ano passado para conhecer o local, e trabalhando muito com iscas artificiais não vi nem sinal do Salminus Franciscanus (Dourado), apenas do seu primo menor o Salminus Hilarii (Tabarana). O rio é de água palha e muito rápido, com várias cachoeiras, muito empedrado, estreito e de relativa dificuldade de navegação, mas de uma beleza imensurável. Corre entre paredões, parecendo estar dentro de um canyon dentre a nossa Serra da Canastra.

Desta vez fomos mais bem preparados, com outras iscas alem das artificiais e munidos de novas informações, principalmente as que me foram dadas pelo amigo Beto, pescador profissional que mora às margens do velho Chiquinho (como eu gosto de chamá-lo) a quinze minutos da boca do Samburá.

Sem rodeios, nosso amigo Beto disse que dourados naquela região são tão fáceis de serem apanhados como de se ganhar um prêmio da Mega Sena: alguém acaba sendo premiado mas nunca se sabe quem, quando e como, portanto o prêmio pode ficar acumulado por muito tempo.

Também nos disse que a melhor época pra se tentar a captura dos mesmos é em setembro, o que confirma em parte uma tese que tenho sobre a piracema dos Salminus (Franciscanos, Hilarii e Brasiliensis), pois acredito que ela se antecipe às dos outros por pelo menos um mês, com seus primeiros exemplares subindo com dois meses de antecedência, tendo como referencia a legislação, que institui a piracema no início de novembro.

Portanto, pescar dourados a partir de setembro naquele lugar seria um crime contra a reprodução dos tão sonhados gigantes do Samburá, abatidos inescrupulosamente apenas para se afirmar numa falsa sensação de virilidade que rola entre os pescadores, de se ser o melhor pelo tamanho do peixe que se pega.

Assim lhes conto o resultado do dinheiro gasto em sarapós e minhocas: foi um divertido acampamento de pesca, no qual saíram muitos mandis (acho divertido pega-los e também come-los), tabaranas, um bagre e os sem vergonhas dos ladrões de iscas piaus, piaparas e timburés.

Deixo uma dica de viagem ao Rio Samburá: ao invés de uma caixa com grandes anzóis e grandes chumbadas mais sarapós e minhocas, economize espaço, dinheiro e os próprios animais, e leve uma boa máquina fotográfica e se possível uma filmadora para documentar algumas das mais belas paisagens que você verá em um rio brasileiro.

sábado, 20 de junho de 2009

Freios

Freios Secundários

Amigos, há muito tempo venho discutindo e debatendo com alguns amigos e colegas sobre os tão abençoados freios secundários das carretilhas, sejam eles magnéticos ou centrífugos. E sempre chegamos ao mesmo ponto, entramos em discórdia sempre.

Vou dar aqui a minha opinião, e não quero que seja recebida como verdade absoluta, e sim como mera opinião. Minha

justificativa baseia-se na experiência de quem praticamente só pescou com carretilhas de perfil baixo, e principalmente com iscas pequenas, além de trabalhar na manutenção de equipamentos de pesca.

Acredito sem dúvidas que praticar com o equipamento seja um grande trunfo na hora da pesca, dando maior segurança e precisão nos arremessos, mas ha pouco tempo adquiri uma boa carretilha (C1) de uma marca conceituada no mercado (marca Norte Americana fabricada no Japão, mas isso não vem ao caso) e com freios centrífugos. Pois bem, só para parâmetro de comparação, tenho outra carretilha (C2) também Norte Americana com freio magnético, e ambas com chassi em alumínio.

Na primeira pescaria notei um baixo desempenho no arremesso da C1, todos fizeram piadas falando que o problema estava na parte debaixo do cabo da vara e outras coisas mais... Pensei mesmo que poderia ser isso, mas resolvi fazer alguns testes, primeiro diminuí a regulagem do freio gradativamente até o zero, mas começou a dar muita cabeleira; depois a coloquei em outra vara, pois todos sabemos que a vara corresponde a cerca de 70% do arremesso, então coloquei a C1 em uma vara mais longa que achei mais adequada para longos arremessos, e mesmo assim ficou atrás da C2 por uns bons 15m.

Depois resolvi colocar a C2 em uma pequena vara de 1,50m e continuei com a C1 na vara maior, e só assim elas arremessaram a mesma distância, não que a C1 tivesse arremessado mais, mas sim a C2 diminuiu a distância, claro!

Assim, parei pra analisar e achei que poderia ser um defeito de fábrica, abri a carretilha e fiz todos os procedimentos de praxe para uma boa manutenção em equipamentos de pesca, e por fim, fiz mais algumas pescarias com a C1, mas não consegui me adaptar ao seu freio centrifugo.

Freio Magnético:

O freio magnético possui um perfil de frenagem linearmente proporcional à rotação do carretel; e isto é vantajoso nas altas rotações, pois ele freia moderadamente (moderadamente, se comparado ao freio centrífugo) nesta situação, mas exatamente é essa a hora que se precisa de mais freio, pois a maioria abs

oluta das cabeleiras se inicia justamente no começo do arremesso durante ou logo após a rotação máxima. Isso obriga a usar uma regulagem que freia demais nas médias rotações

Freio Centrífugo:

O freio centrífugo tem um perfil de frenagem ao quadrado da rotação do carretel; ideal para as baixas e médias rotações (se a situação de arremesso for próxima às condições ideais, o mais comum!), mas péssimo para as altas rotações. Seu problema é frear demais nas altas rotações! Em nenhum outro tipo de freio seria mais desejável que houvesse um ponto de saturação (um limite máximo de força de frenagem). Além da limitação da distância máxima de arremesso; é notável que a distância de arremesso muda pouco com a variação da força empregada durante o arremesso, isso ocorre porque logo no começo da saída de linha, a força a mais colocada no arremesso se transforma em rotação a mais e em muito mais frenagem...

Sua desvantagem sobre o freio magnético é quando se arremessa contra o vento, pois com o freio centrífugo dá cabeleiras nesta situação, obrigando a usar o freio mecânico (auxiliar, secundário, Cast Control,...) que não possui um perfil ideal de frenagem para esta situação por frear demais nas baixas rotações (o perfil do freio magnético é parecido com o perfil ideal para arremessos contra um vento muito forte).

Cheguei à seguinte conclusão: este tipo de freio atua muito bem por atrito, que inibe arremessos mais longos com menores pesos. Para quem está começando ou pra quem pesca com chumbadas e iscas maiores pode ser uma ótima opção, mas não foram feitos pra mim.

Gostaria de saber a opinião de vocês, contem sua experiência ou dêem suas criticas.

Abraço!


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tabarana, Tubarana ou Dourado Branco?

A verdade é que o Salminus Hilarii é a espécie que apresenta maior distribuição geográfica no gênero Salminus. É encontrada na bacia do Rio São Francisco, nos rios Grande e Tietê da bacia do Rio da Prata, nos rios Araguaia e Tocantins, no rio Madeira da bacia Amazônica, além da Bacia do Orinoco, rios da Colômbia (Rio Magdalena) e rios do Equador.


Sua classificação é uma homenagem a Auguste de Saint-Hilaire, (Orleães, 4 de outubro de 1779 — Orleães, 3 de setembro de 1853) um botânico, naturalista e viajante francês, que veio para o Brasil em 1816 acompanhando a missão extraordinária do duque de Luxemburgo. Escreveu diversos livros de grande importância para o conhecimento científico nas áreas de botânica e biologia. Outra espécie de peixe que leva seu nome é o Brycon Hilarii (Piraputanga).


Classificação científica da Tabarana
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Characiformes
Família: Characidae
Gênero: Salminus
Espécie: Salminus hilarii

Characidae: Peixes com o corpo lateralmente deprimido e maxilar inferior proeminente.

Características: Peixe ósseo de escamas da família Characidae, é carnívoro e extremamente voraz, de corpo alto e comprimido lateralmente, se alimentando principalmente de peixes menores como os lambaris e piaus, mas também pode se alimentar de anfíbios como sapos e rãs, e até mesmo roedores como ratos. É comumente encontrada em cachoeiras e corredeiras, mas também pode ser vista em represas, com menos freqüência, mas com a mesma voracidade.

Hábitos: A espécie prefere habitar a calha principal dos rios em trecho de correnteza. São mais comuns em águas cristalinas e rasas com até um metro de profundidade. Abriga-se nas proximidades de obstáculos, como troncos submersos, de onde saem rapidamente para atacar suas presas.

Curiosidades: Por ter uma arrancada forte, muita resistência e belos saltos, a tabarana é muito procurada pelos pescadores esportivos. Às vezes é confundida com um pequeno dourado, sendo que as principais diferenças estão no tamanho e na coloração. A tabarana tem porte médio, enquanto o dourado é um peixe de maior porte com coloração amarelada clara ou dourada. Outra diferença é o número de escamas entre o início da nadadeira dorsal e a fileira da linha lateral, que apresenta 10 escamas na tabarana e de 14 a 18 no dourado. A separação de espécimes juvenis pode ser feita por meio da contagem de escamas na linha lateral, 66 a 72 na tabarana e de 92 a 98 no dourado. Os machos não atingem grande porte, ficando em média em torno dos 35cm, já as fêmeas podem atingir mais de 50cm. Nas pescarias em pequenos rios de corredeiras, é comum o ataque de várias Tabaranas ao mesmo tempo à isca artificial, e principalmente as menores, mais rápidas e “abusadas”, mas após a captura de um exemplar, dificilmente haverá outros ataques no mesmo local na mesma hora. No entanto, não desista: se o ponto de pesca for bom, após algum tempo (acima de 30 minutos) poderão ocorrer outros ataques.

Equipamento: Varas leves de ação média rápida ou rápida, linhas até 0.35mm que facilitam o arremesso nos locais mais adequados, deixando as iscas mais livres para o trabalho, ou anzóis nº 2, 1 e 1/0 para o uso de iscas naturais.
Iscas Naturais: Pequenos peixes, minhocas, insetos (grilos, tanajuras)
Iscas Artificiais: Pequenos Plugs de meia água com até 12cm, Colheres de até ¼ oz, Spinners. É pescada também com equipamento de fly, categoria leve.