domingo, 21 de junho de 2009

RIO SAMBURÁ: O RETORNO E A QUEDA DE UM MITO

Há tempos temos notícias de dourados gigantes apanhados no rio Samburá, afluente do São Francisco que fica a aproximadamente 280 km de Belo Horizonte, entre os municípios de São Roque de Minas e Bambuí. Estive por lá o ano passado para conhecer o local, e trabalhando muito com iscas artificiais não vi nem sinal do Salminus Franciscanus (Dourado), apenas do seu primo menor o Salminus Hilarii (Tabarana). O rio é de água palha e muito rápido, com várias cachoeiras, muito empedrado, estreito e de relativa dificuldade de navegação, mas de uma beleza imensurável. Corre entre paredões, parecendo estar dentro de um canyon dentre a nossa Serra da Canastra.

Desta vez fomos mais bem preparados, com outras iscas alem das artificiais e munidos de novas informações, principalmente as que me foram dadas pelo amigo Beto, pescador profissional que mora às margens do velho Chiquinho (como eu gosto de chamá-lo) a quinze minutos da boca do Samburá.

Sem rodeios, nosso amigo Beto disse que dourados naquela região são tão fáceis de serem apanhados como de se ganhar um prêmio da Mega Sena: alguém acaba sendo premiado mas nunca se sabe quem, quando e como, portanto o prêmio pode ficar acumulado por muito tempo.

Também nos disse que a melhor época pra se tentar a captura dos mesmos é em setembro, o que confirma em parte uma tese que tenho sobre a piracema dos Salminus (Franciscanos, Hilarii e Brasiliensis), pois acredito que ela se antecipe às dos outros por pelo menos um mês, com seus primeiros exemplares subindo com dois meses de antecedência, tendo como referencia a legislação, que institui a piracema no início de novembro.

Portanto, pescar dourados a partir de setembro naquele lugar seria um crime contra a reprodução dos tão sonhados gigantes do Samburá, abatidos inescrupulosamente apenas para se afirmar numa falsa sensação de virilidade que rola entre os pescadores, de se ser o melhor pelo tamanho do peixe que se pega.

Assim lhes conto o resultado do dinheiro gasto em sarapós e minhocas: foi um divertido acampamento de pesca, no qual saíram muitos mandis (acho divertido pega-los e também come-los), tabaranas, um bagre e os sem vergonhas dos ladrões de iscas piaus, piaparas e timburés.

Deixo uma dica de viagem ao Rio Samburá: ao invés de uma caixa com grandes anzóis e grandes chumbadas mais sarapós e minhocas, economize espaço, dinheiro e os próprios animais, e leve uma boa máquina fotográfica e se possível uma filmadora para documentar algumas das mais belas paisagens que você verá em um rio brasileiro.

2 comentários:

  1. Amigo, eu pesco no Rio Samburá no rancho de um amigo. Mas em local diferente que vocês foram.
    No ponto em que pesco, fica mais próximo da cidade de Piumhi.
    Lá o rio e mais largo um pouco, e bem mais fundo.
    E acredite se quiser, pegamos muitos Dourados lá.
    Eu moro em Passos-MG, e semana passada um amigo nosso que pescou nesse mesmo rancho, pegou vários Dourados, escolheu o melhor para tirar uma foto e postar no JOrnal de nossa cidade.
    O dourado pesava 25 kg.
    Garanto que se você for mais abaixo desse ponto que você esteve, com tuviras, irá pegar alguns Dourados.
    Mas lembrando... A maioria dos Dourados, só dão as caras por lá em época de piracema. Intão a melhor época para pescaria deles é até março.
    Nós pescamos em março por causa da piracema.

    T+ e boa pescaria.
    e-mail: criatividadeonline@hotmail.com

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  2. nao sei c vc conhece o cargueiro pra cima dele tem uma ilha la tem um poço la eu ja vi pular muitos dourados na epoca da piracema vin de la ontem e vi ele pular entao essa é minha indicaçao

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